terça-feira, 18 de setembro de 2007

A Formiga, os Gigantes e a Montanha.

Mínima, indefesa, sozinha. Viu-se perdida em uma selva de predadores descomunais, todos decididos a provar-lhe a carne, mesmo sendo ela insuficiente para matar-lhes a fome. Olhos vermelhos como a peste, que a sugavam para dentro de suas negras pupilas, para um buraco negro de dor, angústia e mais dor. Patas enormes munidas de garras, garras que a cortavam e fatiavam, a ponto de não haver mais de onde sangrar. Corpos imensos e gordos, que a esmagavam na hora da investida, quebrando-lhe os ossos de novo e de novo.
Porém... Tudo inútil.
Ela não cedeu, mesmo que se visse suplicando pela morte. Não sabia como, mas resistia. Nem mesmo queria continuar! Porém agüentava... E isso fora suficiente para perceber que naquele mundo de gigantes, sua pequenez era a virtude a se cobiçar. Atacavam-na os predadores, pois seus corpanzis invejavam seu espírito imenso, que transbordava, de tão pequenina a caixa. Em cada um deles, uma minúscula alma se debatia. Havia em seus corpos tanto espaço livre que não existia a necessidade da alma transpassar o corporal. Contentavam-se seus espíritos com o que conheciam dentro da casca.
E aprendendo isso, ela não sentiu mais dor. O que crescia agora era o seu corpo, suas feridas se curando, sua carne se refazendo, seus ossos intactos novamente. Ela era uma montanha. E qualquer gigante que nela pisasse não faria a menor diferença.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Canta

Canta.
Canta a tua vida, a tua alma, canta-te de dentro pra fora, de fora pra dentro. Canta o Sol que quer nascer, canta o mar, a água, canta com o grilo que toca, canta com a ave que canta.
Canta a voz que Deus te deu, essa voz que é só tua, que é o teu DNA.
Canta o amor que tu tens por cantar.
Canta até te acabar, canta.

Dans le magasin des fantaisies...

Aujourd'hui j'ai vu un(e) transformiste français(e).