quinta-feira, 29 de novembro de 2007

What can I say?

Wanna tell you about the girl I love
My she looks so fine
She's the only one that I've been dreamin' of
Maybe someday she will be all mine
I wanna tell her that I love her so
I thrill with her every touch
I need to tell her she's the only one I really love

Hey, hey... What can I do?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O Meu Amor

É tão forte... tão forte que me machuca. É tanto que me transborda, tão bom que temo deixar-me mal a sua falta. É todo dia, toda hora, todo tempo.
O meu amor é mais do que eu. Eu me curvo à sua grandeza, eu sou escrava. Com gosto, escrava do meu amor. O meu amor é tudo. É onde; é o quê; é como; é quem; é porquê vivo. O meu amor é meu exagero e é também o motivo de eu ser assim, tão exagerada.
O meu amor é meu erro. Mas é meu erro melhor calculado. O meu melhor erro. A minha própria falha bem-sucedida.
Ele é meu, o meu amor. Ninguém ama com ele, e eu me sinto bem com a sua presença. Eu o amo.
Eu não tenho vergonha do meu amor.
Não me entenda mal... eu não amo demais. Eu amo do meu jeito: eu amo o meu próprio amor.

Frank

Chora ouvindo Moon River, chora. E pensa que nem mesmo o Frank pode te entender agora, porque ele já bateu as botas, darling.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Ela

Ela simplesmente existe.
Está lá, vivendo a vida dela, cultivando todo e qualquer aspecto de sua personalidade batida e previsível. Eu a odeio, e quando penso nisso sinto vontade de chorar. Não quero odiar ninguém, principalmente Ela. Ela é digna de piedade, e pena dela é o que eu devia sentir. Tudo é tão errado quando a vejo. Ela parece feliz, mas eu sei que anda triste. E que chora, como eu choro quando penso nela. Mas Ela não chora por mim. Chora por minha culpa.
Por minha culpa, um balde de água fria às três da madrugada. Por minha culpa, um beliscão no antebraço durante um sonho com as estrelas. Por minha culpa, o fim. A realidade acertou-a no peito, na cabeça e na boca do estômago. E eu peguei o arco. E eu armei a flecha.
Ela me odeia. Mas não quer me odiar porque ainda não me conhece. Então sangra, porque gosta. Sangrar é melhor do que a angústia de ferir, e Ela sabe. Grita do submundo que é minha culpa, enquanto morre eternamente num mar vermelho. Criaturas negras voam ao meu redor e todas dizem que é minha culpa, porque é. É minha culpa.
Eu a odeio, mas não gosto disso.
Dela eu descobri que também tenho pena. E isso me destrói.
Ela me tortura em troca de um sorriso amarelo que durará dez segundos.
Mas Ela gosta.

domingo, 11 de novembro de 2007

A Busca do Mundo em Technicolor

Mandou-me fazer o que eu não queria e me chutou para fora de um sonho bom. Não gostei. Não gostei mesmo, vou gostar do que não me adianta?
Andei pela rua arrastando os pés, a mão no bolso. Parecia uma tragicômica personagem de cinema mudo. Vagava num mundo sem cor, num mundo sem a voz do bem-te-vi. Nada bem me via. Preto e branco, preto e branco. Nada mais.
Vejo meus lábios se moverem em um lamento e eis que na tela, em letras caprichadas, surge: "A vida? A vida é a dor de quem ama!"
A vida é a dor de quem ama... e se joga na cama, sem o prazer de ser amado.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Coisas

Hoje tive algo bom dentro de mim. Era uma vontade, era uma música, era um sentimento, era uma coisa. Era demais!
Explodiu no interior e me iluminou como lanterna de festa junina.
Senti até os olhos mais claros! Daí eu pude ver melhor: eu vi um urso comer bafo de criança capeta. Isso foi no céu.
Mas eu não olhei pra cima, não.
O urso era branco, mas eu não quero que ele seja polar. No Pólo Norte faz muito frio. Eu quero que o Urso-Come-Bafo more num país tropical. Mas não no Brasil, porque aqui tem muita sujeira e ele ia acabar ficando cinza. Eu imagino o Urso-Come-Bafo comendo bafo na beira da praia, de camisa estampada e shorts coloridos. Será que na beira da praia faz muito calor para um urso? Mas ele come bafos... Bafos geralmente são refrescantes.
É por isso que eu uso Colgate, deixa o meu hálito refrescante pra ajudar o Urso-Come-Bafo a não morrer de calor na beira da praia.

sábado, 3 de novembro de 2007

Pane Moral

Eu tenho fixação pelas pessoas.
Reparo em cada traço da personalidade de todos que estão à minha volta. Chego a perseguir, espionar. E estou sempre lá, procurando algo a mais. Eu quero saber tudo sobre todos, eu preciso ser um pouco dos que me cercam. Algo que não seja meu, que não me seja. Já me encontrei e não sou suficiente. Eu não correspondo às expectativas. Eu busco o ideal dentro da pele que não me recobre.
Eu me interesso? Eu me vicio.
Então torno-me dependente: eu sou dependente da peculiaridade alheia. Em mim se contorce algo que grita, grita pelos mistérios do outro. Eu quero o outro, somente o outro me satisfaz.
Eu não me basto. O que tenho, o que sou, o que faço, o que crio... nada é de fato o que eu quero. Nada me agrada.
E nada agrada a ninguém.

Eu quero ser invejada.
Dê-me a perfeição do que não me pertence, e então serei completa.
Dê-me alguém para tomar estas palavras pensando em mim, e então não serão mais minhas palavras.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Idiota

Eu tô muito fula da vida, ok?
Saco, saco, saco!
Merda.
Aaaah, que droga!
Eu só quero parar de ser tão otária...
Só isso, mesmo.
Cabô.
Tchau!