Disse um vento que passou certa manhã:
"Levo o tempo na leveza do ar"
Levou então a si mesmo e elevou-se,
Sumiu para nunca mais voltar.
Brincando, pegou-te.
Às vezes sinto a tua essência no cheiro dos dias,
Com os pássaros até escuto-te a trinar.
Contudo, é sempre para o desengano
Que tantos outros ventos vêm me acordar.
É, perdi a tua presença...
Paciência.
domingo, 31 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Errei. Erro ainda neste instante. Errarei muitas vezes mais, disso estou bem certa: sempre tropeço nas linhas tortas dos meus atos.
Mas creio que assim seja com todos na vida.
Talvez seja exatamente este o teu medo, que eu, a tua esperança de futuro extraordinário, esteja fadada à existência medíocre dos fracassados. Ou talvez apenas queiras a minha (ainda inalcançável) felicidade. Realmente não sei qual é o teu desejo, nem o teu temor.
De fato, sei que por vezes sou dor ao invés de prazer, frustração e não recompensa, estorvo quando precisas de ajuda. Também sou impotente, pois não consigo transportar-me ao lado direito. Estou simplesmente estática, envolta na inércia.
Peço desculpas... mas não a ti. Quero desculpas de mim mesma, preciso merecer a inocência desvinculando-me totalmente daquilo que me condenou culpada, e até que eu me redima ainda tenho muito chão.
Então não te pedirei nada até que mereça... e temo errar nisso também.
Acho melhor que tu me esqueças!
(Já estou pedindo...)
Mas creio que assim seja com todos na vida.
Talvez seja exatamente este o teu medo, que eu, a tua esperança de futuro extraordinário, esteja fadada à existência medíocre dos fracassados. Ou talvez apenas queiras a minha (ainda inalcançável) felicidade. Realmente não sei qual é o teu desejo, nem o teu temor.
De fato, sei que por vezes sou dor ao invés de prazer, frustração e não recompensa, estorvo quando precisas de ajuda. Também sou impotente, pois não consigo transportar-me ao lado direito. Estou simplesmente estática, envolta na inércia.
Peço desculpas... mas não a ti. Quero desculpas de mim mesma, preciso merecer a inocência desvinculando-me totalmente daquilo que me condenou culpada, e até que eu me redima ainda tenho muito chão.
Então não te pedirei nada até que mereça... e temo errar nisso também.
Acho melhor que tu me esqueças!
(Já estou pedindo...)
terça-feira, 5 de maio de 2009
Regras
Nascemos.
Evoluímos entre os dentes,
Criamo-nos para o mundo
Ou dentre mimos e caprichos
Involuímos.
Erramos, aprendemos
Ou tememos nunca aprender;
E para sempre errarmos.
Arrastamo-nos,
Caminhamos,
Passamos a passeio.
Talvez vivamos,
Nunca se sabe.
Duvidamos, esperamos,
Cremos
Assim: variavelmente.
Adoecemos, sofremos,
Curamo-nos,
Somos felizes.
Seguimos e quebramos
As regras
E a certo momento incerto
Paramos,
Deixamos de fazer muito;
Deixamos muitos.
Acabamos.
E nunca sabemos quando,
Nunca saberemos.
Todos nós.
Evoluímos entre os dentes,
Criamo-nos para o mundo
Ou dentre mimos e caprichos
Involuímos.
Erramos, aprendemos
Ou tememos nunca aprender;
E para sempre errarmos.
Arrastamo-nos,
Caminhamos,
Passamos a passeio.
Talvez vivamos,
Nunca se sabe.
Duvidamos, esperamos,
Cremos
Assim: variavelmente.
Adoecemos, sofremos,
Curamo-nos,
Somos felizes.
Seguimos e quebramos
As regras
E a certo momento incerto
Paramos,
Deixamos de fazer muito;
Deixamos muitos.
Acabamos.
E nunca sabemos quando,
Nunca saberemos.
Todos nós.
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