Siempre que te pregunto
Que, cuándo, cómo y dónde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás
Que, cuándo, cómo y dónde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás
Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás
Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?
Entre nós é sempre talvez, e o que há de concreto mesmo é o nunca. Vivermo-nos seria bom de quando em vez; preciso da tua influência na minha rotina, das tuas palavras formando a minha voz. Adivinhar as tuas reações é meu passatempo mais querido, e constantemente me pego pensando o que farias tu em meu lugar. Quando estou aqui e estás lá, e quero falar-te em pensamentos, finjo que me respondes seco da distância, mas não me importo: tua voz acalma-me até quando vinda de mim mesma, e eu durmo tranquila às noites vazias.
Mas estes dias fizeram-me outra. Alguém distante. Distante de ti, talvez até de si mesma. Não me sinto confortada apenas te imaginando, e desconfio que me perdi da tua essência. Não sei mais quem és tu na minha vida, e então temo por nós dois e por nossos caminhos. Esta falta de ti reprogramou minhas tendências e eu vivo outra vida: uma vida isenta da tua consciência. Eu vivo sozinha agora, e nem mesmo a tua invenção me acompanha.
Eu sinto a tua falta como não te sinto mais. E ainda imagino-te sempre incongruente com o fatual. Agora quero mesmo a tua presença, o que tu tens de tangível. Preciso de teus dedos, teus cabelos, braços, unhas, lábios: o teu corpo. Quero a tua voz roçando a minha pele e condicionando a minha resposta. Um sim ou um não. Deixemos "talvez" para nunca.