terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Resposta

Siempre que te pregunto
Que, cuándo, cómo y dónde
siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás
Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y , contestando
Quizás, quizás, quizás
Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?

Entre nós é sempre talvez, e o que há de concreto mesmo é o nunca. Vivermo-nos seria bom de quando em vez; preciso da tua influência na minha rotina, das tuas palavras formando a minha voz. Adivinhar as tuas reações é meu passatempo mais querido, e constantemente me pego pensando o que farias tu em meu lugar. Quando estou aqui e estás lá, e quero falar-te em pensamentos, finjo que me respondes seco da distância, mas não me importo: tua voz acalma-me até quando vinda de mim mesma, e eu durmo tranquila às noites vazias.
Mas estes dias fizeram-me outra. Alguém distante. Distante de ti, talvez até de si mesma. Não me sinto confortada apenas te imaginando, e desconfio que me perdi da tua essência. Não sei mais quem és tu na minha vida, e então temo por nós dois e por nossos caminhos. Esta falta de ti reprogramou minhas tendências e eu vivo outra vida: uma vida isenta da tua consciência. Eu vivo sozinha agora, e nem mesmo a tua invenção me acompanha.
Eu sinto a tua falta como não te sinto mais. E ainda imagino-te sempre incongruente com o fatual. Agora quero mesmo a tua presença, o que tu tens de tangível. Preciso de teus dedos, teus cabelos, braços, unhas, lábios: o teu corpo. Quero a tua voz roçando a minha pele e condicionando a minha resposta. Um sim ou um não. Deixemos "talvez" para nunca.

8 comentários:

  1. O abandono dos presentes é um tema universal, humano. E você o retrata com perfeição notável. É impossível para quem lê, não encontrar momento algum da sua existência nas suas palavras. Seu jeito de escrever é sempre épico, ainda que o tema seja comum. E, no que diz respeito a qualquer preocupação com dimensões, "deixemos "talvez" para nunca"

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  2. O texto ta perfeito!
    Em algumas partes eu me vi. Tenho certeza que nao exista uma pessoa que em nenhum momento se 'encontrou' no seu texto.
    Parabéns amiga, cada dia voce escreve melhor!
    beijos!

    PS: (Se isso for possivel, claro hahaha)

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  3. Vou comentar só sua foto que ficou muito bonita.

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  4. Me dá um autógrafo? Sério...
    O segundo parágrafo sou eu (não agora, você sabe).
    Muito bom, muito bom mesmo!

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  5. Sei que tuas palavras sempre refletem teu ser no momento. Cheguei a esta conclusão conforme tua presença foi se instaurando cada vez mais no meu dia a dia. Me sinto completa e inteiramente - redundância necessária para dar a devida ênfase - honrada por ser amiga de alguém com tamanho raro talento. Mas voltando ao início, como o que escreves é exatamente o que sentes, peço que depois me digas o que tem acontecido com tua pessoa por estes dias. Amo-te e não sou gay. Beijos

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  6. Maju, eu não sei escrever. Mas é óbvio que você é uma escritora. Uma de peso. Como eu gosto de ler suas criações. Tão bem elaboradas, completas, muitas vezes difíceis de entender e maravilhosas. Continua fazendo isso pro resto da sua vida! O que você escreve é perfeito. PERFEITO! Me muda a cada vez que eu leio alguma coisa sua. Parabéns!

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  7. Esse blog não é abençoado pela Boláguia... tsc, tsc, que pena!

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