terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ver


O crepitar do seu vermelho queima na pele do meu rosto, e a luz que sua força emite conduz meus atos através da ignorância; a cegueira. Meu limite é quebrantado na sua presença:
seu poder confeccionou-me os olhos à razão, fê-los do pó
e tornou-os de vidro. Você vestiu-me por completo de visão,
abriu-me as janelas para o todo que eu não sou.
Sozinho, o seu querer desnudou-me de falhas e despiu-me um universo.
Deu-me o senso, e eu dei ao mundo um sentido.

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