Temo arrancar da sepultura do tempo
O teu cadáver,
Reconhecer a minha imagem
Em teus olhos de vidro
E lembrar-me do gosto da tua carne,
Da textura da fibra
Arrebentada
Entre meus dentes,
Da dor
Que eu fiz sangrar e que,
Eu sei,
Ainda jorra
Sem torniquete,
De como eu fui verme.
Não posso nem dizer de mim que
Foi a minha natureza
Podre,
Eu não me sabia parasita.
Ainda assim,
Quando houve fenda,
Foi a minha natureza
Podre,
Eu não me sabia parasita.
Ainda assim,
Quando houve fenda,
Falha,
Eu entrei na tua pele.
Que estrago eu fiz quando saí...
Eu entrei na tua pele.
Que estrago eu fiz quando saí...
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