quarta-feira, 7 de maio de 2014

Silente

Eu quero gritar-te uma verdade
porque eu te devo,
mas até hoje eu não entendo
os meus motivos.
Não engulo aquele desejo
que não se conteve...
não,
que eu não contive.

Por quê?
Eu nem consigo mais sentir da saciedade
o gosto,
só o ranço do erro.

Mais adequado seria dizer:
"Hoje, os meus motivos
eu já não entendo."
Apenas não me parece suficiente,
nada parece, nunca.
E me calo.

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